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  • Fluminense surpreende favoritos e é único não europeu na semifinal do Mundial
    Jul 6 2025

    O Fluminense é o time brasileiro com a melhor participação na Copa do Mundo de Clubes, nos Estados Unidos. Com a vitória sobre o Al Hilal, da Arábia Saudita, por 2 a 1, na última sexta-feira (4), o Tricolor carioca vai disputar a semifinal. O duelo será contra o Chelsea, na terça-feira (8), em Nova Jersey. Dos quatro times que restam no torneio, o Flu é o único não europeu.

    Tiago Leme, correspondente da RFI em Nova Jersey

    Também na sexta, o Palmeiras foi eliminado nas quartas de final ao perder para o Chelsea por 2 a 1. Já Flamengo e Botafogo caíram nas oitavas, ao perderem para o Bayern de Munique e Palmeiras respectivamente.

    No caminho para a semifinal, o Tricolor surpreendeu alguns favoritos. Nas oitavas de final, ganhou por 2 a 0 da Inter de Milão, atual vice-campeã da Europa. Na fase de grupos, venceu o Ulsan, da Coreia do Sul, e empatou com o Borussia Dortmund e o Mamelodi Sundowns, da África do Sul.

    Com ambiente leve e mudanças táticas, o trabalho do técnico Renato Gaúcho tem dado bons resultados. O colombiano John Arias, um dos grandes destaques do Fluminense no torneio, falou sobre o feito histórico do time até aqui.

    “Tenho certeza de que todos estão muito orgulhosos no Rio, no Brasil, os tricolores no mundo todo. Foi uma campanha linda. A gente sabe da nossa realidade, sabe do clube que somos. Então, isso gera um sentimento de orgulho, de conseguir um feito tão grande. Não tem como esconder a diferença monetária, a diferença de estrutura com os times que estamos enfrentando. Mas a gente tem demonstrado também ser um grande clube, ter grandes jogadores, a gente tem demonstrado que está em um bom caminho. Então a gente tem certeza que está todo mundo muito feliz. E eu acho que o trabalho ainda não termina aqui”, afirmou Arias.

    Além disso, o Flu tem veteranos que resolvem. Os três jogadores mais velhos da equipe têm sido decisivos na Copa de Clubes. O goleiro Fábio tem 44 anos. O zagueiro Thiago Silva, 40. E o atacante Cano, 37.

    Revelado pelas categorias de base do Tricolor, Thiago Silva passou 15 temporadas seguidas na Europa antes de voltar ao time carioca, em 2024. Destaque no Milan, Paris Saint-Germain e Chelsea, ele já conquistou o Mundial pelo clube inglês em 2021.

    O lateral Samuel Xavier destacou a importância da experiência de Thiago.

    “O Thiago tem uma visão diferenciada, ele é um grande líder, um grande capitão e ele tem uma visão tática muito acima de qualquer outro jogador dentro de campo. Isso é muito importante, ele consegue enxergar, ele consegue mudar algumas coisas ali dentro de campo, algum posicionamento, e isso é importante. Você tem um grande líder, um cara que consegue ver o jogo. Ele tem feito coisas ali que têm ajudado bastante a gente”, disse Samuel Xavier.

    No Chelsea, o defensor espanhol Cucurella falou sobre a oportunidade de reencontrar o ex-companheiro de time Thiago Silva, agora como adversário, na semifinal de terça-feira.

    “Acho que eles (clubes brasileiros) são muito bons, estão mostrando isso neste torneio, estão indo até o fim. E bem, agora temos mais uma partida certamente difícil contra o Fluminense, vamos jogar contra o Thiago Silva de novo. Acho que vai ser muito bom, mas agora vamos tentar descansar, nos preparar bem para a partida e encará-la da melhor maneira possível”, disse o espanhol.

    Quem avançar deste confronto vai encarar na grande decisão, no domingo que vem, dia 13 de julho, o vencedor de Paris Saint-Germain e Real Madrid.

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  • Festival em Deauville, na França, homenageia a fotografia esportiva e faz leilão de fotos icônicas
    Jun 29 2025

    Deauville, no norte da França, inaugurou no dia 21 de junho a primeira edição de um festival totalmente dedicado à fotografia esportiva. Durante três meses, o Deauville Sports Image Festival oferece ao público uma série de imagens feitas por profissionais que imortalizaram, ao redor do mundo, momentos importantes e inesquecíveis de diversas modalidades.

    São cerca de 300 fotos em grande formato, espalhadas por 12 exposições ao ar livre, em diversos lugares da cidade balneária, e divididas por temas. Entre elas, um “Best of 2024” e uma exibição das “façanhas paralímpicas”, para lembrar os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Paris.

    A lista conta ainda com uma exposição dedicada às 20 fotos que marcaram a história do esporte. Na seleção rigorosa, uma homenagem ao piloto brasileiro Ayrton Senna, clicado com os olhos fechados em sua última largada de uma corrida de Fórmula 1.

    O público poderá conferir ainda uma exposição de fotografias em preto e branco sobre corridas tradicionais de hipismo na Indonésia, praticada por crianças. Entre outros destaques, está uma retrospectiva da carreira do fotógrafo Neil Leifert, que durante 60 anos acompanhou diversas competições e realizou retratos do famoso boxeador americano Muhammad Ali.

    Prêmios

    Na abertura do evento, foram divulgados os vencedores de três prêmios. O de Melhor Fotografia Paralímpica foi atribuída a Dimitar Dilkoff, pelo clichê na disputa da medalha de bronze de esgrima nos Jogos de Paris 2024.

    O prêmio de Melhor Reportagem Esportiva do Ano foi concedido ao fotógrafo Etienne Garnier, pelo belo registro da americana Simone Biles durante sua apresentação na final da prova de barras assimétricas.

    E o prêmio de Melhor Reportagem do Ano foi para Bernard Le Bars, que acompanhou, em fevereiro deste ano, a chegada no oeste da França da navegadora Violette Dorange, de 23 anos, a mais jovem participante da Vendée du Globe, a regata solitária ao redor do mundo, sem assistência e sem escalas.

    Além da exposição pelas ruas de Deauville, um leilão de fotografias icônicas do esporte foi aberto para que os fãs possam adquirir imagens que entraram para a história.

    Intitulado “Um século de fotografia esportiva”, o leilão oferece um lote composto por 92 fotos, vintage ou contemporâneas, como a célebre imagem do francês Jérôme Brouillet que imortalizou a comemoração do surfista brasileiro Gabriel Medida ao surfar uma onda em Teahupoo, na Polinésia Francesa, durante os Jogos Olímpicos de Paris 2024.

    Medina parece flutuar no ar com o braço direito erguido e com o pé esquerdo amarrado em sua prancha, numa composição perfeita. Até sexta-feira, o valor da fotografia já havia atingido € 11 mil, o equivalente a quase R$ 70 mil. Fotos de profissionais renomados como Raymond Depardon, Michel Birot ou Emanuelle Scorcelletti estão à venda e os clichês são tão variados quanto às emoções que eles inspiram.

    Fotos da passagem da Volta da França por Deauville em 1920 e do último Dakar nas areias desérticas da Arábia Saudita, a largada de uma corrida de Harley-Davidson na Itália, uma ginasta fazendo acrobacias em barras assimétricas, o acidente de automobilismo com Lewis Hamilton do GP de Monza em 2017, a saída da corrida 24 horas de Le Mans de 1962, ou ainda o piloto Juan Manuel Fangio em 1958 estão na seleção.

    O leilão iniciou-se em 21 de junho, dia da abertura do festival, e os últimos lances podem ser dados no site da casa de leilões até o dia 10 de julho.

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  • Desempenho de times sul-americanos no Mundial de Clubes da Fifa põe em dúvida superioridade de europeus
    Jun 22 2025
    A primeira edição do novo Mundial de Clubes da Fifa, disputado no mesmo formato da Copa do Mundo de seleções com 32 equipes, tem proporcionado algumas surpresas. Clubes europeus — tradicionalmente os mais ricos e com os elencos mais estrelados — vêm enfrentando dificuldades diante de adversários de outros continentes, especialmente os sul-americanos, que têm se mostrado competitivos e determinados a desafiar a hegemonia europeia. Tiago Leme, correspondente da RFI em Nova York Até agora, em seis duelos nos Estados Unidos, houve duas vitórias de equipes da América do Sul, uma vitória da Europa e três empates. Ainda faltam mais dois encontros para acontecer nesta fase de grupos: Atlético de Madri x Botafogo e Inter de Milão x River Plate. O resultado mais surpreendente foi a vitória do Botafogo, campeão da Libertadores de 2024, contra o Paris Saint-Germain, que conquistou o inédito título da Champions League mês passado. O time carioca marcou 1 a 0 nos franceses, na Califórnia. O atacante botafoguense Arthur, que veste a camisa sete da equipe, exaltou o feito diante do PSG. “Eu acho que o Brasil é o país do futebol, sempre vai ser. Chegamos aqui, fizemos história, pretendemos fazer mais história, isso é Botafogo”, entusiasmou-se. O outro triunfo foi do Flamengo sobre o Chelsea, por 3 a 1, na Filadélfia. Nos empates, Palmeiras, Fluminense e Boca Juniors tiveram boas chances de vencer Porto, Borussia Dortmund e Benfica, respectivamente. A única vitória europeia foi do Bayern de Munique sobre os argentinos do Boca. A diferença entre as equipes dos dois continentes Esses confrontos têm colocado em xeque a suposta disparidade técnica entre clubes europeus e sul-americanos. Jogadores e treinadores envolvidos na competição apontam possíveis explicações para o desempenho abaixo do esperado dos europeus. Entre os fatores mais citados estão o desgaste físico e as condições climáticas, já que no continente americano faz mais calor. Pela primeira vez, o Mundial está sendo disputado no meio do ano — justamente ao fim da temporada europeia, quando os atletas chegam mais cansados. Em contraste, os campeonatos no Brasil e na maioria dos países sul-americanos estão em andamento, com os jogadores em melhor ritmo físico e competitivos. Nos antigos Mundiais e Intercontinentais, realizados no fim do ano, a situação era inversa. O experiente zagueiro Danilo, do Flamengo, que jogou 13 temporadas na Europa, tendo atuado nas equipes do Porto, Real Madrid, Manchester City e Juventus, analisou a questão psicológica dos atletas. “Certamente, mentalmente, é um agravante os clubes europeus chegarem no final de temporada. Nem falo da parte física, mas sim da parte mental, o desgaste mental de toda a temporada. Entretanto, eu acredito também que quando se entra em campo, ninguém quer economizar em nada, todo mundo quer sair vitorioso”, avalia. Evolução do futebol brasileiro Danilo, de 33 anos, acredita que os resultados no Mundial de Clubes sejam "um grande mérito das equipes brasileiras e sul-americanas". Para ele, o futebol brasileiro vem demonstrando uma grande “evolução” nos últimos anos, “mas isso não tira um mérito claro dos clubes europeus que tiveram temporadas incríveis”, pondera o atleta. “Eu acredito que não existe uma diferença tão grande. Eu creio que o futebol brasileiro está evoluindo muito em um ponto importante de concentração, de organização tática e de organização fora de campo também, que é muito importante para poder diminuir essa pequena diferença que ainda existe”, compara Danilo. “Eu creio que a volta de jogadores importantes, como o Jorginho, o Alexandro, aqui no Flamengo, e os jogadores também de outras equipes que estão voltando para o futebol brasileiro, traz uma mentalidade importante e que é algo que soma muito para o futebol brasileiro”, analisa o zagueiro. A importância que os europeus dão para o Mundial de Clubes também é sempre questionada. Assim como aconteceu nas edições anteriores, nos Estados Unidos o público nos estádios é de maioria de torcida dos times sul-americanos. Clique na imagem principal para ouvir a reportagem
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  • Brasil garante vaga no mundial de 2026 e país segue como único a disputar todas as Copas do Mundo
    Jun 15 2025
    Desta vez não teve drama. E foi com espetáculo! A vitória da seleção brasileira sobre o Paraguai na rodada das eliminatórias sul-americanas disputada na terça-feira (10) garantiu ao Brasil uma vaga na Copa do Mundo de 2026, que será disputada no Canadá, México e Estados Unidos entre os dias 11 de junho e 19 de julho do ano que vem. Maior campeão da história das Copas, com cinco títulos, o Brasil segue como a única seleção a participar de todas as 23 edições do torneio desde 1930. Marcio Arruda, da RFI em Paris A classificação para o mundial de 2026 com três rodadas de antecedência é um alívio para uma seleção que oscilava bastante nestas eliminatórias para a Copa. Neste período pós-Copa do Catar, o Brasil colecionou fracos desempenhos e três técnicos: Ramon Menezes, Fernando Diniz e Dorival Junior, que não conseguiram se firmar na seleção. Há menos de um mês, a Confederação Brasileira de Futebol anunciou o novo treinador: Carlo Ancelotti. O italiano, com um currículo vitorioso no comando de grandes clubes europeus, fez o Brasil voltar a sorrir; e o mais importante: jogando bem! A apresentação diante do Paraguai encheu os olhos de quem assistiu ao jogo disputado em São Paulo. Seleção brasileira em debate na Radio Foot Internationale A classificação do Brasil para a Copa do Mundo foi destaque no programa Radio Foot Internationale, da RFI. A apresentadora Annie Gasnier lembrou que o Brasil jamais esteve ausente de uma edição de Copa do Mundo. O programa, que exibiu a narração em francês do gol de Vini Jr contra o Paraguai, debateu a classificação do Brasil para a Copa do Mundo do ano que vem. O comentarista Dominique Baillif elogiou o atacante Vini Jr. “Vimos um excelente Vinicius. Um Vinicius que parece ter encontrado, agora com Carlo Ancelotti na seleção, o equilíbrio mental e do futebol. Ele cometia muitos erros nos últimos meses e nas últimas competições com o Brasil. Talvez a pressão fosse um pouco forte e ele não conseguia assumir o protagonismo. Desde que Carlo Ancelotti chegou, mesmo contra o Equador, ele passou a fazer esforços para os outros jogadores. E isso é uma coisa que não se via antes”, afirmou. Na sequência da mesa redonda da RFI, o comentarista Bruno Constant disse que não vê o atacante do Real Madrid como um líder em campo. “Quando você defende as cores do Real Madrid e vence a Liga dos Campeões, você faz parte ou deveria fazer parte dos líderes, mas eu não acho que ele (Vini Jr) seja um líder. Não é alguém que demonstre ser exemplo, não é alguém que tem o caráter ou a atitude de um líder. Eu vejo isso muito mais no Raphinha, o que me surpreendeu, especialmente quando ele jogou na França, no Rennes, e na Inglaterra, no Leeds. No Barça, ele se tornou capitão e assumiu a responsabilidade”. No programa, o comentarista Nabil Djellit resumiu o sentimento do técnico italiano Carlo Ancelotti. “Eu acho que ser campeão do mundo como o Brasil, não há coisa melhor no futebol. Simplesmente porque estamos falando do melhor país da história do futebol. Provavelmente, na média, dos melhores jogadores da história também porque, quando você retrata um pouco o caminho da história, se você tem de escolher os 20 melhores jogadores da história, provavelmente escolherá 4 ou 5 brasileiros, sem dificuldade”, opinou o comentarista. Era Carlo Ancelotti Após a vitória por um a zero, com gol de Vini Jr, atacante do Real Madrid, o técnico Ancelotti, que comandou o brasileiro no clube espanhol até o mês passado, revelou a mentalidade da seleção para o duelo contra o Paraguai. “O futebol moderno é intensidade. Intensidade com a bola, também intensidade sem a bola. A pressão é muito importante porque não permite que o rival tenha tempo de jogar como queira. Então há um problema. Para ter pressão, é preciso correr. E se sacrificar, e ter compromisso e atitude; coisa que o time teve nestes dois jogos. Você pode fazer menos pressão, como fizemos contra o Equador, porque queríamos fazer menos pressão, ou fazer mais pressão porque queríamos mostrar uma versão diferente nesta partida; e fizemos bem. Mas a chave é essa: pressionar é muito importante, mas tem de correr”. O volante Casemiro, que ficou um ano e meio sem vestir a camisa da seleção, foi convocado por Ancelotti para esta rodada dupla das eliminatórias e foi um dos destaques da partida contra o Paraguai. Casemiro saiu de campo feliz com a classificação do Brasil. “Importante. Outra vez, um a zero. Mas foi importantíssimo”, disse o volante de 33 anos. O técnico Carlo Ancelotti destacou o rendimento do volante na partida diante do Paraguai. “Casemiro é uma segurança para a equipe. Obviamente, com sua posição, sua experiência, sua qualidade e sua liderança. Temos uma equipe com muitos jogadores que têm uma liderança muito forte, como ele, o Danilo, Marquinhos, Alisson. Estou muito satisfeito com esta ...
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  • Há 25 anos Gustavo Kuerten entrava no olimpo de Roland Garros
    Jun 8 2025

    A edição 2025 do tradicional torneio de tênis de Roland Garros chega ao fim neste domingo (8). Nos dias que antecederam a grande decisão, Gustavo Kuerten, tricampeão do Grand Slam francês, relembrou os melhores momentos que viveu no saibro das quadras de Paris.

    O ex-número 1 do mundo esteve no complexo de quadras de tênis para participar de um evento de uma cervejaria na semana passada, quando também conversou com exclusividade com a RFI e relembrou de momentos marcantes de sua vitoriosa carreira no tênis profissional.

    Na próxima quarta-feira (11), o segundo título de Guga em Roland Garros completa 25 anos. A disputa final da edição do ano 2000 do Grand Slam entre Gustavo Kuerten, então número 5 do mundo, e o sueco Magnus Norman, terceiro do ranking na época, foi uma das mais difíceis e dramáticas da carreira do brasileiro.

    A vitória por três sets a um, com parciais de 6/2, 6/3, 2/6 e 7/6, depois de três horas e 43 minutos de partida, continua viva na memória do tricampeão de Roland Garros. Guga recorda o momento que achou que o jogo tinha terminado, mas que precisou continuar em quadra.

    “Quanto ao bicampeonato, eu já começo a flutuar nos 11 match points contra o (Magnus) Norman. Foi uma partida interminável! Eu já imaginava o título na minha cabeça, já me via erguendo o troféu, já no vestiário… Até que, de repente, o juiz desce para a quadra e diz que foi ponto do sueco e eu tive de voltar para a quadra. Puxa, meu Deus do céu, será?”, conta Guga.

    O lance aconteceu no quarto set quando ele vencia por cinco games a quatro e tinha 40 a 15 na partida, faltando, naquele momento, apenas um ponto para conquistar o título.

    “Vencer pela segunda vez, no meu caso, foi incrível, pois a primeira foi completamente fora da curva, algo que não acontece. Foi uma tarefa difícil a ser alcançada, até me arrisco a dizer que foi mais delicada do que eu ter me transformado depois em número 1 do mundo. Então, aquele ponto foi custoso. Demorou mais ou menos uns 50 minutos desde o primeiro match point até o último. Mas, também, quando é mais salgado, fica mais saboroso, né?”, brinca Kuerten, que demonstrou muita alegria de poder retornar ao local do bicampeonato e celebrar mais uma vez.

    Guga no coração dos franceses

    Guga, que até hoje recebe o carinho da torcida francesa, disse que já voltou a Paris algumas vezes desde que se aposentou do tênis profissional, em 2008.

    “Sempre é algo especial nos anos que têm essas contagens, como acontece este ano que faz 25 anos do bicampeonato. Sempre é uma ocasião específica”, celebra o ex-número 1 do ranking.

    O maior tenista masculino da história do Brasil também recordou a conquista do título de 2001 em Roland Garros e um gesto que ficou eternizado, simbolizando o carinho e a paixão pelo tênis.

    “A gente trouxe a ideia do coração. Inclusive, agora, entregamos um presente para a Federação Francesa, que é uma maquete com o coração desenhado. Ficou linda! Então tudo isso, claro, me remete muito mais à emoção e àquele maior momento da minha carreira, que uniu sentimentos dentro da quadra. Mas no dia da partida com Michael Russell, eu desenhar aquele coração foi algo que me levou nas nuvens. Parecia que eu estava flutuado e jogando tênis, o que ficou muito fácil quando se é carregado pelas pessoas, pela torcida”, relata o atleta.

    Não só o Guga ficou nas nuvens, mas toda a torcida brasileira, que jamais esquece o coração que o catarinense desenhou com sua raquete no saibro de Roland Garros.

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  • Após 12 anos em Paris, capitão Marquinhos chora com título da Champions e relembra dificuldades
    Jun 1 2025
    Com uma atuação de gala, o Paris Saint-Germain goleou a Inter de Milão por 5 a 0, neste sábado (31), em Munique, e conquistou o título da Liga dos Campeões da Europa pela primeira vez em sua história. O time do técnico Luis Enrique mostrou sua força coletiva característica e não deu chances ao adversário. Foi a maior goleada em finais do torneio. Tiago Leme, de MuniqueEm sua 12ª temporada no PSG, o zagueiro brasileiro Marquinhos, capitão da equipe desde a saída de Thiago Silva em 2020, não escondeu a emoção e chorou após o apito final. Ele é o segundo jogador brasileiro a levantar a taça da Champions como capitão de um clube. O primeiro foi o ex-lateral Marcelo, pelo Real Madrid, em 2022.Após a final na Alemanha, Marquinhos relembrou as dificuldades vividas com o clube desde que chegou a Paris, em 2013. Mas, desta vez, o final foi feliz para o ídolo da torcida.“Acho que foi uma emoção que eu não consegui segurar, não consegui conter. Antes mesmo do apito final já estava muito difícil de segurar a emoção. Porque todos aqueles anos que eu passei aqui, os anos difíceis, muitas entrevistas que tive que dar para explicar o inexplicável, depois de uma derrota feia. Falhei em momentos também, tive culpa em alguns. Então, acho que tudo isso passou na minha cabeça naquele momento, por isso aquela emoção. Mas uma emoção muito boa, uma emoção de alegria”, afirmou o brasileiro.Decepções do passado até a glória em MuniqueAntes de conquistar o principal torneio do continente europeu neste sábado, o PSG acumulou algumas decepções. Na única final disputada anteriormente, em 2020, durante a pandemia de Covid-19, a equipe perdeu para o Bayern de Munique por 1 a 0, em Lisboa. Outras eliminações precoces também marcaram a trajetória do clube, como contra o Real Madrid nas oitavas de final em 2022, contra o Manchester United nas oitavas em 2019, e ao sofrer a virada histórica do Barcelona, também nas oitavas, em 2017.A nova geração brilha na finalApós a saída de estrelas do clube, como Neymar, Messi e Mbappé, os jovens jogadores do PSG brilharam mais uma vez na final contra o time italiano. O atacante Desiré Doué, de 19 anos, fez dois gols e deu uma assistência. Contratado no início desta temporada junto ao Rennes, ele foi eleito pela UEFA o melhor em campo na decisão.No primeiro tempo, aos 12 minutos, Hakimi abriu o placar após passe de Doué. Aos 20, Doué balançou as redes. Na segunda etapa, o jovem marcou seu segundo gol na noite, aos 18 minutos. O atacante georgiano Kvaratskhelia, reforço contratado no meio da temporada, ampliou aos 28. E o garoto Mayulu, que saiu do banco de reservas, fechou o placar aos 41 minutos: 5 a 0.Homenagem aos brasileiros que ficaram pelo caminhoJogador mais experiente da equipe, com 31 anos, Marquinhos elogiou os jovens e também relembrou nomes de jogadores brasileiros que atuaram pelo Paris, mas saíram sem conquistar o tão sonhado título.“Eu fico muito feliz, penso também em todos aqueles que passaram antes de mim, e jogaram comigo também. Grandes jogadores, Thiago (Silva), Ney (Neymar), Lucas (Moura), Maxwell, grandes jogadores que mereciam muito ganhar esse título, infelizmente não conseguiram com o Paris Saint-Germain. Então, eles merecem também, eles estão nessa história, foram eles também que fizeram esse clube crescer. Hoje é celebrar com todos os parisienses, celebrar todas aquelas pessoas que estiveram com a gente durante todos esses anos, é celebrar bastante, porque a gente merece”, disse o camisa cinco.PSG mira novos títulos: Mundial, Supercopa e maisDepois da comemoração neste fim de semana e dos jogos das seleções nacionais na sequência, o PSG ainda tem um compromisso importante neste mês de junho. A equipe francesa estreia no Mundial de Clubes, nos Estados Unidos, em 15 de junho, contra o Atlético de Madri, pelo Grupo B. Depois, enfrenta o Botafogo no dia 20 e encerra a primeira fase diante do Seattle Sounders, no dia 23. Com a conquista da Champions, o Paris também disputará o título da Supercopa da Europa, contra o Tottenham, campeão da Liga Europa, no dia 13 de agosto, em Udine, na Itália. No fim do ano, o time ainda terá a Copa Intercontinental pela frente, podendo enfrentar na final o vencedor da Libertadores de 2025.“Não é a linha de chegada”: ambição e futuroCom uma equipe jovem e média de 23 anos de idade, o Paris Saint-Germain tem um futuro promissor e vai em busca de mais troféus nas próximas competições.“Acho que agora é dar tempo ao tempo para saborear essa vitória. Mas hoje a gente mostrou a real capacidade dessa equipe. A gente tem um treinador que é muito exigente, que com certeza vai querer, quando tiver o próximo jogo, quem estiver em campo e disponível, vai ter que fazer o seu melhor. Então foi um treinador muito exigente que nos trouxe aqui”, disse Marquinhos, que completou.“Nesse momento a gente tem que festejar hoje e amanhã....
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  • Torneio de Roland-Garros começa em Paris com brasileiro no saibro e homenagem a Rafael Nadal
    May 25 2025
    Começa neste domingo (25) a disputa pelas chaves principais de Roland-Garros. Segundo Grand Slam da temporada de tênis internacional, o torneio francês é o único disputado no saibro e reúne, até 8 de junho, 128 tenistas em cada chave de simples, tanto na masculina quanto na feminina. Maria Paula Carvalho, de Roland-GarrosEstarão em quadra os grandes nomes do tênis mundial, como o sérvio Novak Djokovic – atual campeão olímpico dos jogos de Paris 2024 –, que sonha vencer o seu 25° torneio de Roland-Garros, e o bicampeão espanhol Carlos Alcaraz. Após vencer o aberto de Roma, no último dia 18 de maio, o espanhol diz estar confiante. "Tem sido uma ótima temporada de saibro até agora, estamos aqui no torneio mais importante e estou muito animado, relembrando as emoções do ano passado", disse o atleta no momento do sorteio de chaves do campeonato. "É ótimo sentir isso de novo. Minha confiança está muito alta", acrescentou Alcaraz. Brasil marca presença com três tenistasJoão Fonseca é o principal nome e o melhor ranqueado, na 65ª posição do ranking mundial da Associação dos Tenistas Profissionais (ATP). Aos 18 anos, sensação do tênis mundial atualmente, o carioca tem conquistado resultados expressivos no circuito internacional. "[Sobre] Paris, a gente sempre ouve falar do Guga [Kuerten]. E foi o meu primeiro Grand Slam como juvenil, então eu acho esse torneio maravilhoso, o mais tradicional, o mais bonito e no saibro, que é a minha origem", disse aos jornalistas. "Paris realmente é diferente", reiterou. Em sua estreia na chave principal do torneio francês, Fonseca vai enfrentar na primeira rodada o polonês Hubert Hurkacz em confronto inédito no circuito internacional. "O jogo contra o Hurkacz vai ser bem difícil, um jogador com quem eu nunca treinei, vai ser uma experiência nova. Ele é um jogador experiente no tour, não é a melhor superfície dele [saibro], mas é um jogador top 30, que já foi top 10 e então vai ser muito difícil", acredita o jovem carioca.A torcida mal pode esperar para vê-lo no torneio francês, que este ano espera receber 675 mil espectadores para quase 900 partidas. Daniela Campostrini, médica do Espírito Santo, veio conhecer o tradicional complexo esportivo, localizado na zona oeste de Paris. "É a minha primeira vez, estou achando incrível a organização", diz. "O Brasil está todo empolgado com o João Fonseca, já o compara com grandes atletas ganhadores de Grand Slam, o pessoal está empolgado", afirma. "Eu também adoro ver os jogos da Bia [Haddad]. Ela vem tendo umas quedas no rendimento, mas a gente tem esperança que ela vai superar", completa a torcedora. Outro brasileiro na chave principal é Thiago Monteiro, atualmente na posição 93 do ranking. Ele estreia contra o tcheco Vit Kopriva, 85º. "É um jogo duro, como todos. O Kopriva vem num grande ano, primeira vez que ele está no top 100, e vai ser um jogo parelho", diz o atleta sobre o primeiro adversário. "Sem dúvida a gente quer ir o mais longe possível, esse é sempre o objetivo. A gente vem se preparando bem apesar de não ter tido uma sequência de bons resultados nas últimas semanas, mas a gente sabe que no tênis um dia muda tudo, então tem que estar preparado para quando a oportunidade aparecer e conseguir agarrar e estar bem da melhor forma fisicamente", conta Thiago Monteiro.No feminino, Bia Haddad, 23ª do mundo, é a única representante brasileira. Ela começa a campanha diante da americana Hailey Baptiste, número 70 do ranking mundial. A polonesa Iga Swiatek vai brigar pelo quinto título em Roland-Garros. E uma recompensa ainda maior. Este ano, a premiação aos vencedores do torneio vai ultrapassar os € 56 milhões (mais de R$ 369 milhões), um acréscimo de mais de 5% em comparação à edição de 2024. Nas duplas, o Brasil tem cinco representantes na disputa. Os principais nomes na competição são o mineiro Marcelo Melo e o gaúcho Rafael Matos. Homenagem à NadalNeste domingo, Roland-Garros prestará uma homenagem ao tenista espanhol Rafael Nadal, vencedor 14 vezes em Paris e que se aposentou do esporte no ano passado. Em entrevista à RFI, a diretora do torneio, Amélie Mauresmo, guarda segredo sobre a cerimônia. "O pedido dele é de que seja algo simples, como Rafael Nadal sempre foi nos jogos e como se comportava com os torcedores", observa. "Ele não gosta de estar no centro da atenção, mas após a sua história em Roland-Garros, o seu torneio favorito, ele queria que a homenagem fosse aqui. Faremos algo simples e autêntico", revela. Uma exposição dedicada a Nadal está em cartaz no Tenniseum, o museu do tênis de Roland-Garros. O público pode ver raquetes, tênis, fotografias e objetos que contam a trajetória do multicampeão. "É uma bela história no tênis, sobretudo aqui em Roland-Garros, a segunda casa dele. Ganhar 14 vezes é impressionante", avalia o canadense Carl Bernard. O turista ...
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  • Após primeiro título, Splitter avalia trabalho como treinador do Paris Basketball
    May 18 2025

    Competir em alto nível: esse é o foco de Tiago Splitter no comando do Paris Basketball. Mais do que isso, é uma mentalidade de quem sempre esteve acostumado a vencer quando era jogador, sendo o primeiro brasileiro campeão da NBA, a liga norte-americana de basquete, entre outros títulos conquistados na carreira.

    Renan Tolentino, em Paris

    Agora, em sua primeira temporada como treinador, ele almeja levar o time da capital francesa ao topo do basquete nacional e, quem sabe, da Europa em um futuro próximo.

    “Existem dois campeonatos principais que a gente joga: a Euroliga e a Liga Francesa. Na liga Europeia a gente jogou muito bem. Acho que, com o segundo menor orçamento da Euroliga, chegamos a jogar play-offs competindo e surpreendendo no nosso primeiro ano. Então, isso tem um valor enorme, essa foi a grande façanha até agora da nossa temporada. E na Liga Francesa, a gente está ali, (alternando) em primeiro, segundo. Mas, faz parte, estamos competindo. Daqui a pouco vem play-offs. Então, ainda é cedo para dar uma análise da Liga Francesa”, avaliou Splitter.

    O brasileiro lidera a parte esportiva de um projeto relativamente recente, mas com metas bem maduras e ambiciosas. O Paris Basketball foi fundado em 2018 com o objetivo de “devolver à cidade uma posição de destaque na modalidade” e “se tornar uma referência do basquete na França e na Europa”, como diz o próprio site do clube.

    Com Tiago no comando, o Paris avançou à fase de play-offs da Euroliga, o campeonato continental, sendo eliminado nas quartas de final para o Fenerbahçe, da Turquia. Na liga nacional, a equipe figura nas primeiras posições, alternando a liderança com Mônaco e Lyon, e também se classificou para o mata-mata.

    Esses resultados mostram que o trabalho de Splitter é consistente e, não por acaso, já rendeu frutos. No mês passado, a equipe venceu de forma inédita a Copa da França. Esse foi o primeiro título de Tiago como técnico. Apesar de reconhecer a conquista, o brasileiro espanta o comodismo e foca nos próximos objetivos.

    “Tudo que a gente está jogando agora, a gente quer ganhar. A gente ganhou a Copa da França (...) obviamente estamos contentes com o resultado, mas agora estamos pensando na Liga Francesa", explica Tiago Splitter, técnico do Paris.

    O reconhecimento também já veio individualmente. Durante a temporada regular da Euroliga, Tiago Splitter foi eleito o melhor técnico do primeiro turno. Pequenas conquistas que se somam a outras maiores de uma carreira vitoriosa, como recorda o brasileiro, elegendo os principais momentos de sua trajetória dentro do basquete.

    “Bom, acho que dois são fáceis: ter jogado as Olimpíadas em Londres e ter sido campeão da NBA (em 2014, com o San Antonio Spurs), que foi um grande momento da minha carreira. (O terceiro) talvez como técnico, também participando das Olimpíadas aqui em Paris. São esses os três momentos do ápice da minha carreira”, recorda o brasileiro.

    Do garrafão para a beira da quadra

    Acostumado a ajudar sua equipe dentro do garrafão quando era jogador, o ex-pivô de 2,11 metros aponta os principais desafios deste começo de carreira à beira da quadra.

    “É bem diferente, apesar de ser o mesmo esporte. Agora eu tenho que tentar passar o que eu sei para os jogadores, ser um professor de basquete, mais do que estar na quadra, jogar e se divertir. Agora, tem um outro tipo de desafio pela frente. É o que eu sempre falo, eu gosto de competir. Mas antes, jogando, e agora ensinando os garotos a jogar basquete”, explica o ex-atleta.

    Entre os jogadores do elenco do Paris, o ala norte-americano Tyson Ward comprova a eficácia dos ensinamentos do professor Tiago Splitter e projeta um futuro promissor para ele.

    "Ele é alguém em quem você pode confiar e apoiar até o fim, independente da circunstância. Ele é um cara inteligente, posso dizer que ele sabe lidar com os jogadores. Seu trabalho está funcionando. Acho que está mostrando isso este ano e vai continuar mostrando no futuro também", conclui Tyson.

    Os play-offs do campeonato francês de basquete começam no dia 26 deste mês. Com a taça da Copa da França em mãos, Tiago Splitter e o Paris se concentram agora no título da liga, competindo em alto nível, jogo a jogo, como gosta o técnico brasileiro.

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