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Notícias e entrevistas sobre futebol, tênis, vôlei, Fórmula 1... Espaço aberto para a cobertura exclusiva dos grandes torneios franceses e europeus. Destaque para a atuação dos atletas brasileiros na Europa.France Médias Monde
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  • Fluminense surpreende favoritos e é único não europeu na semifinal do Mundial
    Jul 6 2025

    O Fluminense é o time brasileiro com a melhor participação na Copa do Mundo de Clubes, nos Estados Unidos. Com a vitória sobre o Al Hilal, da Arábia Saudita, por 2 a 1, na última sexta-feira (4), o Tricolor carioca vai disputar a semifinal. O duelo será contra o Chelsea, na terça-feira (8), em Nova Jersey. Dos quatro times que restam no torneio, o Flu é o único não europeu.

    Tiago Leme, correspondente da RFI em Nova Jersey

    Também na sexta, o Palmeiras foi eliminado nas quartas de final ao perder para o Chelsea por 2 a 1. Já Flamengo e Botafogo caíram nas oitavas, ao perderem para o Bayern de Munique e Palmeiras respectivamente.

    No caminho para a semifinal, o Tricolor surpreendeu alguns favoritos. Nas oitavas de final, ganhou por 2 a 0 da Inter de Milão, atual vice-campeã da Europa. Na fase de grupos, venceu o Ulsan, da Coreia do Sul, e empatou com o Borussia Dortmund e o Mamelodi Sundowns, da África do Sul.

    Com ambiente leve e mudanças táticas, o trabalho do técnico Renato Gaúcho tem dado bons resultados. O colombiano John Arias, um dos grandes destaques do Fluminense no torneio, falou sobre o feito histórico do time até aqui.

    “Tenho certeza de que todos estão muito orgulhosos no Rio, no Brasil, os tricolores no mundo todo. Foi uma campanha linda. A gente sabe da nossa realidade, sabe do clube que somos. Então, isso gera um sentimento de orgulho, de conseguir um feito tão grande. Não tem como esconder a diferença monetária, a diferença de estrutura com os times que estamos enfrentando. Mas a gente tem demonstrado também ser um grande clube, ter grandes jogadores, a gente tem demonstrado que está em um bom caminho. Então a gente tem certeza que está todo mundo muito feliz. E eu acho que o trabalho ainda não termina aqui”, afirmou Arias.

    Além disso, o Flu tem veteranos que resolvem. Os três jogadores mais velhos da equipe têm sido decisivos na Copa de Clubes. O goleiro Fábio tem 44 anos. O zagueiro Thiago Silva, 40. E o atacante Cano, 37.

    Revelado pelas categorias de base do Tricolor, Thiago Silva passou 15 temporadas seguidas na Europa antes de voltar ao time carioca, em 2024. Destaque no Milan, Paris Saint-Germain e Chelsea, ele já conquistou o Mundial pelo clube inglês em 2021.

    O lateral Samuel Xavier destacou a importância da experiência de Thiago.

    “O Thiago tem uma visão diferenciada, ele é um grande líder, um grande capitão e ele tem uma visão tática muito acima de qualquer outro jogador dentro de campo. Isso é muito importante, ele consegue enxergar, ele consegue mudar algumas coisas ali dentro de campo, algum posicionamento, e isso é importante. Você tem um grande líder, um cara que consegue ver o jogo. Ele tem feito coisas ali que têm ajudado bastante a gente”, disse Samuel Xavier.

    No Chelsea, o defensor espanhol Cucurella falou sobre a oportunidade de reencontrar o ex-companheiro de time Thiago Silva, agora como adversário, na semifinal de terça-feira.

    “Acho que eles (clubes brasileiros) são muito bons, estão mostrando isso neste torneio, estão indo até o fim. E bem, agora temos mais uma partida certamente difícil contra o Fluminense, vamos jogar contra o Thiago Silva de novo. Acho que vai ser muito bom, mas agora vamos tentar descansar, nos preparar bem para a partida e encará-la da melhor maneira possível”, disse o espanhol.

    Quem avançar deste confronto vai encarar na grande decisão, no domingo que vem, dia 13 de julho, o vencedor de Paris Saint-Germain e Real Madrid.

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  • Festival em Deauville, na França, homenageia a fotografia esportiva e faz leilão de fotos icônicas
    Jun 29 2025

    Deauville, no norte da França, inaugurou no dia 21 de junho a primeira edição de um festival totalmente dedicado à fotografia esportiva. Durante três meses, o Deauville Sports Image Festival oferece ao público uma série de imagens feitas por profissionais que imortalizaram, ao redor do mundo, momentos importantes e inesquecíveis de diversas modalidades.

    São cerca de 300 fotos em grande formato, espalhadas por 12 exposições ao ar livre, em diversos lugares da cidade balneária, e divididas por temas. Entre elas, um “Best of 2024” e uma exibição das “façanhas paralímpicas”, para lembrar os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Paris.

    A lista conta ainda com uma exposição dedicada às 20 fotos que marcaram a história do esporte. Na seleção rigorosa, uma homenagem ao piloto brasileiro Ayrton Senna, clicado com os olhos fechados em sua última largada de uma corrida de Fórmula 1.

    O público poderá conferir ainda uma exposição de fotografias em preto e branco sobre corridas tradicionais de hipismo na Indonésia, praticada por crianças. Entre outros destaques, está uma retrospectiva da carreira do fotógrafo Neil Leifert, que durante 60 anos acompanhou diversas competições e realizou retratos do famoso boxeador americano Muhammad Ali.

    Prêmios

    Na abertura do evento, foram divulgados os vencedores de três prêmios. O de Melhor Fotografia Paralímpica foi atribuída a Dimitar Dilkoff, pelo clichê na disputa da medalha de bronze de esgrima nos Jogos de Paris 2024.

    O prêmio de Melhor Reportagem Esportiva do Ano foi concedido ao fotógrafo Etienne Garnier, pelo belo registro da americana Simone Biles durante sua apresentação na final da prova de barras assimétricas.

    E o prêmio de Melhor Reportagem do Ano foi para Bernard Le Bars, que acompanhou, em fevereiro deste ano, a chegada no oeste da França da navegadora Violette Dorange, de 23 anos, a mais jovem participante da Vendée du Globe, a regata solitária ao redor do mundo, sem assistência e sem escalas.

    Além da exposição pelas ruas de Deauville, um leilão de fotografias icônicas do esporte foi aberto para que os fãs possam adquirir imagens que entraram para a história.

    Intitulado “Um século de fotografia esportiva”, o leilão oferece um lote composto por 92 fotos, vintage ou contemporâneas, como a célebre imagem do francês Jérôme Brouillet que imortalizou a comemoração do surfista brasileiro Gabriel Medida ao surfar uma onda em Teahupoo, na Polinésia Francesa, durante os Jogos Olímpicos de Paris 2024.

    Medina parece flutuar no ar com o braço direito erguido e com o pé esquerdo amarrado em sua prancha, numa composição perfeita. Até sexta-feira, o valor da fotografia já havia atingido € 11 mil, o equivalente a quase R$ 70 mil. Fotos de profissionais renomados como Raymond Depardon, Michel Birot ou Emanuelle Scorcelletti estão à venda e os clichês são tão variados quanto às emoções que eles inspiram.

    Fotos da passagem da Volta da França por Deauville em 1920 e do último Dakar nas areias desérticas da Arábia Saudita, a largada de uma corrida de Harley-Davidson na Itália, uma ginasta fazendo acrobacias em barras assimétricas, o acidente de automobilismo com Lewis Hamilton do GP de Monza em 2017, a saída da corrida 24 horas de Le Mans de 1962, ou ainda o piloto Juan Manuel Fangio em 1958 estão na seleção.

    O leilão iniciou-se em 21 de junho, dia da abertura do festival, e os últimos lances podem ser dados no site da casa de leilões até o dia 10 de julho.

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  • Desempenho de times sul-americanos no Mundial de Clubes da Fifa põe em dúvida superioridade de europeus
    Jun 22 2025
    A primeira edição do novo Mundial de Clubes da Fifa, disputado no mesmo formato da Copa do Mundo de seleções com 32 equipes, tem proporcionado algumas surpresas. Clubes europeus — tradicionalmente os mais ricos e com os elencos mais estrelados — vêm enfrentando dificuldades diante de adversários de outros continentes, especialmente os sul-americanos, que têm se mostrado competitivos e determinados a desafiar a hegemonia europeia. Tiago Leme, correspondente da RFI em Nova York Até agora, em seis duelos nos Estados Unidos, houve duas vitórias de equipes da América do Sul, uma vitória da Europa e três empates. Ainda faltam mais dois encontros para acontecer nesta fase de grupos: Atlético de Madri x Botafogo e Inter de Milão x River Plate. O resultado mais surpreendente foi a vitória do Botafogo, campeão da Libertadores de 2024, contra o Paris Saint-Germain, que conquistou o inédito título da Champions League mês passado. O time carioca marcou 1 a 0 nos franceses, na Califórnia. O atacante botafoguense Arthur, que veste a camisa sete da equipe, exaltou o feito diante do PSG. “Eu acho que o Brasil é o país do futebol, sempre vai ser. Chegamos aqui, fizemos história, pretendemos fazer mais história, isso é Botafogo”, entusiasmou-se. O outro triunfo foi do Flamengo sobre o Chelsea, por 3 a 1, na Filadélfia. Nos empates, Palmeiras, Fluminense e Boca Juniors tiveram boas chances de vencer Porto, Borussia Dortmund e Benfica, respectivamente. A única vitória europeia foi do Bayern de Munique sobre os argentinos do Boca. A diferença entre as equipes dos dois continentes Esses confrontos têm colocado em xeque a suposta disparidade técnica entre clubes europeus e sul-americanos. Jogadores e treinadores envolvidos na competição apontam possíveis explicações para o desempenho abaixo do esperado dos europeus. Entre os fatores mais citados estão o desgaste físico e as condições climáticas, já que no continente americano faz mais calor. Pela primeira vez, o Mundial está sendo disputado no meio do ano — justamente ao fim da temporada europeia, quando os atletas chegam mais cansados. Em contraste, os campeonatos no Brasil e na maioria dos países sul-americanos estão em andamento, com os jogadores em melhor ritmo físico e competitivos. Nos antigos Mundiais e Intercontinentais, realizados no fim do ano, a situação era inversa. O experiente zagueiro Danilo, do Flamengo, que jogou 13 temporadas na Europa, tendo atuado nas equipes do Porto, Real Madrid, Manchester City e Juventus, analisou a questão psicológica dos atletas. “Certamente, mentalmente, é um agravante os clubes europeus chegarem no final de temporada. Nem falo da parte física, mas sim da parte mental, o desgaste mental de toda a temporada. Entretanto, eu acredito também que quando se entra em campo, ninguém quer economizar em nada, todo mundo quer sair vitorioso”, avalia. Evolução do futebol brasileiro Danilo, de 33 anos, acredita que os resultados no Mundial de Clubes sejam "um grande mérito das equipes brasileiras e sul-americanas". Para ele, o futebol brasileiro vem demonstrando uma grande “evolução” nos últimos anos, “mas isso não tira um mérito claro dos clubes europeus que tiveram temporadas incríveis”, pondera o atleta. “Eu acredito que não existe uma diferença tão grande. Eu creio que o futebol brasileiro está evoluindo muito em um ponto importante de concentração, de organização tática e de organização fora de campo também, que é muito importante para poder diminuir essa pequena diferença que ainda existe”, compara Danilo. “Eu creio que a volta de jogadores importantes, como o Jorginho, o Alexandro, aqui no Flamengo, e os jogadores também de outras equipes que estão voltando para o futebol brasileiro, traz uma mentalidade importante e que é algo que soma muito para o futebol brasileiro”, analisa o zagueiro. A importância que os europeus dão para o Mundial de Clubes também é sempre questionada. Assim como aconteceu nas edições anteriores, nos Estados Unidos o público nos estádios é de maioria de torcida dos times sul-americanos. Clique na imagem principal para ouvir a reportagem
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