O Maratonado Podcast de outubro de 2021 trata da retomada das corridas de rua. O 24º episódio propõe uma discussão sobre como os eventos e os atletas voltam às provas após longa e sofrida paralisação provocada pela pandemia de covid-19. A personal trainer Vivian Tezzelle junta-se à dupla maratonada nesse bate-papo. Enquanto Vivi tem uma visão de treinadora e corredora, Andrei compartilha suas opiniões como jornalista e atleta amador e Rafael, como organizador de eventos da modalidade. O resultado disso é uma conversa franca a respeito do que cada um passou de março de 2020 até agora e do que sentem em relação a esse novo momento. Os relatos de Vivian e Rafael são especialmente impactantes, pois cada um foi afetado pela pandemia de uma forma – uma pessoalmente, outro financeiramente. A parte final do “ep” é a mais marcante, portanto.

Além de ter interpretado a personagem Rita no "4x100 – Correndo Por Um Sonho", Roberta Alonso foi uma das responsáveis pela produção e pela idealização do filme, que estreou em 24 de junho de 2021. Esportista nata, a atriz queria produzir um tipo de longa-metragem ainda raro no Brasil: uma ficção cujos protagonistas são atletas. O projeto passou a ser ainda mais interessante quando o foco tornou-se a equipe brasileira feminina de revezamento 4x100, pois poderiam ser explorados conflitos internos de um time formado para a disputa de uma única prova na Olimpíada — no restante do tempo, as corredoras competem entre si. Originalmente concebido para se passar no período entre os Jogos de Londres-2012 e Rio-2016, o filme acabou "retratando" o seguinte, entre Rio-2016 e Tóquio-2020. Não fosse a pandemia de covid-19, teria sido lançado em 2020. Roberta conta, na entrevista, como foi esse processo e diversas curiosidades das gravações. 

Por mais que a corrida seja a primeira fase da modalidade que praticava, o salto com vara, Fabiana Murer, medalhista de ouro nos Mundiais indoor e outdoor de 2010 e 2011, diz que hoje em dia corre mais que na época em que competia. Desde que deixou os estádios, a campeã mundial tornou-se mãe, passou a exercer fisioterapia no Insport e, mais recentemente, durante os Jogos Olímpicos de Tóquio, foi comentarista da modalidade nos canais Sportv. Quando consegue um tempo livre, calça os tênis e vai correr no parque. Na entrevista, além de abordar sua relação com a corrida, Fabiana conta curiosidades do salto com vara, explica o sumiço de uma de suas varas na Olimpíada de Pequim-2008 e fala de sua relação com o esporte pós-Rio-2016, como ex-atleta profissional.

David Grinberg, vice-presidente de comunicação corporativa da Arcos Dourados (McDonald's), estava no auge de sua forma física, preparando-se para nadar 3,8 km, pedalar 180,2 km e correr uma maratona (42,195 km) em um Ironman em Florianópolis, quando começou a sentir algo estranho. Ainda assim, completou a prova em 12h47min52s. Alguns dias depois, desmaiou e precisou ser levado a um hospital. Exames foram feitos, e um diagnóstico lhe foi dado em 2018: um linfoma, tipo de câncer. Foi quando começou o “segundo Ironman” do executivo, que passou por ciclos de quimioterapia. O desafio de voltar a ser um triatleta foi lançado, e ele conseguiu em 2019 chegar ao fim de um meio Ironman nos Estados Unidos. Essa inspiradora história é contada no 21º episódio do Maratonado e no livro de David, "Rotina de Ferro".

Ela chegou ao ponto mais alto do mundo, o cume do monte Everest (8.848,86 metros de altitude), na fronteira do Nepal com a China, em maio de 2021, mas, no Brasil, teve de “escalar” outra grande “montanha” para viabilizar seu sonho. Antes de se tornar a primeira negra latino-americana a alcançar tal feito, Aretha Duarte criou formas de conseguir levantar a quantia de dinheiro necessária para a expedição. A principal delas foi a coleta de resíduos destinados à reciclagem; além disso, participou do programa de Luciano Huck, promoveu financiamento coletivo, obteve patrocinadores e realizou bazares. Formada em educação física e funcionária de uma operadora de montanhismo de Campinas, Aretha foi bastante didática ao explicar como foi sua expedição e contou curiosidades sobre a vida na montanha nos dias anteriores ao momento mais esperado. O relato dela sobre a subida final foi emocionante: a cena do que se passou entre ela e seu sherpas (guia), que estava com muito frio, foi daquelas dignas de filme. 

Enquanto Ana Maria Índia já participava de lutas de MMA, Ronda Rousey ainda era uma judoca. Em uma época em que era difícil imaginar que mulheres poderiam protagonizar a principal luta da noite do UFC, por exemplo, a baiana já abria caminho para as que viriam a seguir. A lutadora do momento, a brasileira Amanda Nunes, estreou no MMA justamente contra Ana Maria, que, em março de 2008, derrotou a futura estrela. Neste "ep", Ana Maria volta ao momento em que descobriu o jiu-jitsu, sem o qual não vive. Longe da família de sangue, ganhou outra, a dos treinadores e dos companheiros de treino – sim, treina de igual para igual com homens. A lutadora compartilhou com os maratonados sua visão sobre luta. Segundo ela, trata-se de uma espécie de jogo de perguntas e respostas corporais.

Adicione esta faixa ao início da playlist de seu treino de corrida! A dupla maratonada, Andrei Spinassé e Rafael Zobaran, pediu a Leandro Pricoli, durante o 18º episódio, que imaginasse como seria a largada de um evento de corrida de rua com 20 mil pessoas em São Paulo pós-pandemia de covid-19. O locutor aceitou o desafio, e essa locução, com direito a referências sobre a privação da provas e a uma contagem regressiva, é digna de arrepiar os corredores e deixá-los ainda mais ansiosos por viver de fato esse momento.

A voz de Leandro Pricoli é reconhecida de longe por milhares de corredores do Brasil. Afinal, ele é um dos mais requisitados locutores de eventos de corrida do país. Neste episódio, fica bem claro por que um bom locutor é tão importante. Em vez de simplesmente dizer "vamos lá", ele tem um repertório que faz com que a locução seja animada e informativa e não fique cansativa. Leandro explica um pouco de sua técnica e como se prepara para encarar horas de microfone – jornada que, certa vez, ainda incluiu participar de uma meia maratona. Além disso, não deixa de falar de perrengues: já houve uma prova em que, por falta de estrutura, teve de usar um apito para autorizar a largada e fazer a locução no "gogó".