Nesta segunda parte da nossa análise à Aldeia das Religiões, continuamos a explorar a experiência de um evento que prometia promover o diálogo e a inclusão, mas que nos deixou fora das tendas. Fomos convidados, depois desconvidados, mas decidimos ir na mesma, e o que encontramos foi uma série de argumentos desconcertantes e diálogos que desafiaram a nossa paciência e pensamento crítico.

Neste episódio, mergulhamos ainda mais nas contradições internas das várias religiões presentes, desde o criacionismo até à genealogia de Adão e Eva. Como lidar com uma narrativa que defende a coexistência de Adão, Eva e outras 50 pessoas criadas por Deus, enquanto se tenta justificar o pecado original? Também falamos com representantes da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias (mórmons), que alegam conseguir traçar a genealogia de qualquer pessoa até Adão e Eva, numa mistura bizarra de crença e pseudo-ciência.

Mas não ficamos por aqui. Este episódio também traz reflexões sobre a laicidade, o perigo do crescimento de grupos religiosos extremistas e o impacto do fundamentalismo nas sociedades. E claro, não podíamos deixar de falar sobre o “mito romântico” da colonização portuguesa, tão gentilmente mencionado pelo Padre João Torres, que nos relembra como os nossos “heróis do mar” se cruzaram com outras culturas… de formas, no mínimo, discutíveis.

Junta-te a nós para este mergulho profundo no evento e naquilo que ele realmente representa para a inclusão e o diálogo inter-religioso. Afinal, será que a Aldeia das Religiões cumpriu o seu propósito? Ou foi mais uma oportunidade perdida de verdadeiro diálogo?

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