No episódio #54 do Papo de Economia, Leonardo B. Piveta aborda os principais destaques econômicos da semana, explorando temas como inflação, política monetária, mercados globais e o impacto de acordos comerciais no cenário internacional.

O Ibovespa apresentou alta de 1,07%, enquanto o dólar fechou cotado a R$ 6,07, refletindo as tensões fiscais e expectativas para a política monetária. No Boletim Focus, o mercado ajustou para cima as projeções de inflação de 2024, estimada em 4,8%, e da Selic, que deve atingir 13,5% em 2025, reforçando os desafios da gestão fiscal e monetária.

Nos Estados Unidos, dados de emprego vieram dentro do esperado, enquanto a inflação de novembro, ainda a ser divulgada, segue pressionando o Federal Reserve a manter uma postura vigilante sobre os juros. O foco está nos índices ao consumidor e produtor, que podem influenciar a trajetória da política monetária americana.

Na Europa, o Banco Central Europeu deve cortar juros em 0,25%, enquanto a China alterou sua política monetária pela primeira vez em 14 anos, gerando rumores sobre novos estímulos para impulsionar a economia. Já no Japão, cresce a expectativa de um aumento nas taxas de juros, sinalizando uma mudança de postura no cenário asiático.

O preço do minério de ferro recuou 2,1%, cotado a US$ 106,25, destacando a volatilidade nas commodities e seu impacto nos mercados emergentes. No Brasil, o COPOM deve decidir os rumos da política monetária, com previsão de alta de 0,75% nos juros, mas sem descartar um aumento de 1%. O IPCA de novembro deve registrar alta de 0,39%, reforçando o desafio inflacionário do país.

Leonardo destaca que, com a inflação crescente e o risco fiscal elevado, o Banco Central pode ser forçado a elevar ainda mais os juros, com estimativas de 14% para a Selic até o fim de 2025, segundo o BTG Pactual. O dólar permanece acima de R$ 6, e os juros futuros continuam pressionados