Horizonte de Eventos

By: Sérgio Sacani Sancevero
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  • Podcast dedicado exclusivamente para a astronomia e ciências correlatas.
    Sérgio Sacani Sancevero
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Episodes
  • DESCOBERTO O SEGUNDO EXOPLANETA MAIS PRÓXIMO DA TERRA
    Oct 2 2024

    CONSIDERE APOIAR O TRABALHO DO SPACE TODAY, ASSINANDO A PLATAFORMA SPACE TODAY PLUS PREMIUM, POR APENAS R$29,00 POR MÊS, MENOS DE 1 REAL POR DIA!!! https://spacetodayplus.com.br/premium/ Utilizando o Very Large Telescope do Observatório Europeu do Sul (VLT do ESO), os astrónomos descobriram um exoplaneta em órbita da estrela de Barnard, a estrela isolada mais próxima do nosso Sol. Neste exoplaneta recém-descoberto, que tem pelo menos metade da massa de Vênus, um ano dura pouco mais de três dias terrestres. As observações da equipa também sugerem a existência de mais três candidatos a exoplanetas, em várias órbitas em torno da estrela. Localizada a apenas seis anos-luz de distância, a estrela de Barnard é o segundo sistema estelar mais próximo — depois do grupo de três estrelas de Alfa Centauri — e a estrela individual mais próxima de nós. Devido à sua proximidade, é o alvo principal na busca por exoplanetas semelhantes à Terra. Apesar de uma detecção promissora em 2018 , nenhum planeta orbitando a estrela de Barnard foi confirmado até agora. A descoberta deste novo exoplaneta — anunciada num artigo publicado hoje na revista Astronomy & Astrophysics — é o resultado de observações feitas ao longo dos últimos cinco anos com o VLT do ESO , localizado no Observatório do Paranal, no Chile. “Mesmo que demorasse muito, estávamos sempre confiantes de que poderíamos encontrar algo”, diz Jonay González Hernández, investigador do Instituto de Astrofísica de Canarias, em Espanha, e autor principal do artigo. A equipa procurava sinais de possíveis exoplanetas dentro da zona habitável ou temperada da estrela de Barnard – a região onde pode existir água líquida na superfície do planeta. Anãs vermelhas como a estrela de Barnard são frequentemente alvo de astrônomos, uma vez que planetas rochosos de baixa massa são mais fáceis de detectar ali do que em torno de estrelas maiores semelhantes ao Sol. [1] Barnard b [2] , como é chamado o exoplaneta recém-descoberto, está vinte vezes mais próximo da estrela de Barnard do que Mercúrio está do Sol. Ele orbita sua estrela em 3,15 dias terrestres e tem uma temperatura superficial de cerca de 125 °C. “Barnard b é um dos exoplanetas de menor massa conhecidos e um dos poucos conhecidos com massa menor que a da Terra. Mas o planeta está demasiado próximo da estrela hospedeira, mais próximo do que a zona habitável”, explica González Hernández. “ Mesmo que a estrela seja cerca de 2.500 graus mais fria que o nosso Sol, lá é quente demais para manter água líquida na superfície. ” Para as suas observações, a equipa utilizou o ESPRESSO , um instrumento altamente preciso concebido para medir a oscilação de uma estrela causada pela atração gravitacional de um ou mais planetas em órbita. Os resultados obtidos nestas observações foram confirmados por dados de outros instrumentos também especializados na caça de exoplanetas: HARPS no Observatório de La Silla do ESO, HARPS-N e CARMENES . Os novos dados não apoiam, no entanto, a existência do exoplaneta reportado em 2018. Além do planeta confirmado, a equipe internacional também encontrou indícios de mais três candidatos a exoplanetas orbitando a mesma estrela. Estes candidatos, no entanto, necessitarão de observações adicionais com o ESPRESSO para serem confirmados. “Precisamos agora continuar a observar esta estrela para confirmar os outros sinais candidatos”, afirma Alejandro Suárez Mascareño, investigador também do Instituto de Astrofísica das Ilhas Canárias e coautor do estudo. “ Mas a descoberta deste planeta, juntamente com outras descobertas anteriores, como Proxima b e d , mostra que o nosso quintal cósmico está cheio de planetas de baixa massa .”

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    17 mins
  • Horizonte de Eventos - Episódio 69 - L3M - O Projeto Lunar Soviético
    Sep 5 2024

    No episódio de hoje, vamos encerrar a pequena série sobre o programa espacial soviético da década de 1960. Já falamos sobre o foguete N1, falamos sobre o cancelamento do programa N1/L3 e no programa de hoje vamos falar sobre o ambicioso projeto L3M de levar cosmonautas para a Lua!!

    O projeto lunar L3M da União Soviética, parte integral da corrida espacial contra os Estados Unidos, visava estabelecer uma presença humana na Lua. Apesar de nunca ter alcançado um pouso lunar tripulado, o projeto enfrentou vários desafios técnicos e políticos, notavelmente com o foguete N1, que sofreu falhas catastróficas. No entanto, contribuiu significativamente para o desenvolvimento tecnológico, especialmente no avanço dos motores a hidrogênio, e para a engenharia de foguetes. O legado do L3M inclui melhorias na propulsão espacial e no entendimento de operações extraterrestres, marcando um período de intensa inovação apesar das adversidades enfrentadas.

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    49 mins
  • Horizonte de Eventos - Episódio 68 - O Foguete N1
    Sep 2 2024

    Durante a corrida espacial da segunda metade do século XX, a União Soviética e os Estados Unidos competiram pelo domínio do espaço, buscando não apenas avanços tecnológicos, mas também prestígio internacional. Nesse contexto, o foguete N1 foi desenvolvido como a resposta soviética ao programa Apollo dos Estados Unidos, com o objetivo de levar cosmonautas à Lua. O N1 representava uma das empreitadas tecnológicas mais complexas da época, sendo projetado para ser o foguete mais poderoso já construído pela União Soviética, capaz de transportar o complexo lunar L3 para missões tripuladas à Lua.

    Apesar das ambições, o desenvolvimento do N1 foi repleto de desafios técnicos e logísticos. A urgência de competir com o programa Apollo levou a uma série de lançamentos mal-sucedidos, com quatro tentativas de lançamento resultando em explosões ou falhas que impediram o foguete de atingir a órbita. Essas falhas, no entanto, proporcionaram valiosas lições que impulsionaram melhorias contínuas no design e na engenharia do foguete. Os engenheiros soviéticos trabalharam incansavelmente para resolver os problemas técnicos, especialmente relacionados aos 30 motores da primeira etapa do foguete, que se mostraram complexos e suscetíveis a falhas.

    A preparação para o quinto lançamento, conhecido como Veículo No. 8L, incorporou uma série de inovações e modificações estruturais e de controle, com o objetivo de superar os desafios enfrentados nas tentativas anteriores. Entre as melhorias estavam a certificação dos motores para múltiplos disparos e a introdução de novos métodos de diagnóstico e controle automatizado de falhas. Embora a equipe estivesse otimista com as chances de sucesso, o projeto N1/L3 foi cancelado em 1974 devido a uma combinação de fatores técnicos, financeiros e estratégicos, marcando o fim da ambição soviética de enviar cosmonautas à Lua.

    Apesar do cancelamento, o legado do foguete N1 é significativo na história da exploração espacial. As inovações e os avanços tecnológicos desenvolvidos durante o projeto contribuíram para o progresso contínuo da engenharia aeroespacial, influenciando futuros lançadores e missões espaciais tanto na União Soviética quanto na Rússia pós-soviética. O programa N1 simboliza a perseverança e a busca incessante pela inovação, mesmo diante de adversidades, e continua a inspirar gerações de engenheiros e cientistas em sua missão de explorar o espaço.

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    30 mins

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