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  • Cowboy Cantor 331: Thrillhouse
    Dec 3 2023

    1. Thrillhouse: So Far From Where I Started From

    2. Thrillhouse: Never Given a Chance

    Não podemos negar as semelhanças entre os Thrillhouse e nomes como The National ou mais óbvio ainda, The War On Drugs. No entanto, as canções do duo de Brighton, divergem no que motiva a composição e escrita das letras. Serão canções que evocam ingenuamente um regresso à idade infantil. E numa análise cuidada das letras, até se nota algum humor.

    A ideia inicial do álbum surgiu num momento em que Sam Strawberry e Jack Nielsen, os membros dos Thrillhouse, ouviam o álbum Born In The USA, enquanto recordavam momentos da sua infância. E apesar de alguma nostalgia amarga, ou tristeza pelo afastamento desses tempos, o álbum Something About This Place é também uma afirmação de aceitação do que passou, passou, o que virá, virá.

    Disponível para audição em formato digital, foi também lançada uma campanha de investimento comunitário na plataforma Kickstarter, para edição em vinil do álbum. É curioso também notar que há vários artistas com o nome Thrillhouse, o que dificulta um pouco encontrar estes Thrillhouse que estamos a ouvir no Cowboy Cantor desta semana. Sigam as ligações publicadas em cowboycantor.podbean.com para terem a certeza que estão irão encontrar os autores das canções que estamos a ouvir nesta edição.

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    12 mins
  • Cowboy Cantor 330: Deep White Void
    Nov 26 2023

    1. Deep White Void: Hope

    2. Deep White Void: Backspace

    Sempre que ouço uma canção nova, ou um álbum novo dos portugueses Deep White Void, anteriormente conhecidos como DW Void, eu tenho a sensação que estes veteranos continuam a divertir-se e a ter prazer quando estão a tocar, ou a compor, com a mesma alegria e vontade que tinham quando formaram os seus primeiros grupos.

    Na minha memória fica a primeira canção que ouvi dos então DW Void. Fall, do primeiro álbum "10", para além de ser uma das minhas canções preferidas, é talvez a que mais bem define os temas abordados nas canções do grupo: Cores cinzentas e a miséria humana, tal como referiu Fernando Faustino (voz principal e guitarra baixo).

    Os músicos dos Deep White Void consideram este terceiro álbum, Hiatus, como o mais maduro e refinado. Será sem dúvida o mais atractivo, resultado não só dos muitos anos de experiência dos membros do grupo, como também resultado de vários anos com a formação base e a entrada de um segundo guitarrista.

    O Cowboy Cantor está com os Deep White Void desde o primeiro álbum e assim continuará.

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    12 mins
  • Cowboy Cantor 329: fractus
    Nov 17 2023

    1. fractus: Harbour

    2. fractus: Sifting Tides

    Nota prévia: esta edição do Cowboy Cantor foi publicada no dia 17 de Novembro de 2023, no mesmo dia em que José Andrade publicou no Açoriano Oriental, na sua página Bastidores, uma entrevista comigo sobre o podcast.

    Um dos meus maiores dilemas para a escolha das canções a passar no Cowboy Cantor, sempre foi escolher a canção certa que mais bem representasse o álbum ou artista que quereria destacar. Quando cada edição do podcast passou a ser dedicada apenas a um artista, tendo a opção de partilhar convosco duas canções de cada álbum em destaque, o dilema manteve-se. Ou talvez até agravou-se. No caso dos fractus (com inical minúscula, segundo a ortografia oficial do grupo), se por um lado a escolha pendia para um factor muito simples e concreto, escolher as faixas em que a voz canta melodias com palavras, retirar essas duas canções do álbum fractus seria demasiado redutor e poderia parecer descontextualizado.

    Ainda assim, espero que Harbour e Sifting Tides sejam um convite suficientemente apelativo a que ouçam os 27 minutos, sensivelmente, com que fractus, o álbum, apresenta o grupo fractus.

    Grupo criado pelo escocês Mark Hendry, contrabaixista e compositor de jazz, conta ainda com um violino (Bernadette Kellermann), violoncelo (Juliette Lemoine), saxofone (Matt Carmichael), piano (Fergus McCreadie), bateria (Greg Irons), acordeão (Dan Brown) e claro, Irini Arabatzi nas voz.

    O álbum fractus explora a Natureza e Ambiente, através de composições em que se misturam sonoridades jazz com música de carácter erudito, a chamada música clássica. Poderia ser uma banda sonora de uma série de David Lynch ou poderá apenas ser o vosso próximo vício. No meu caso, foram várias horas a ouvir o álbum aquando do meu primeiro encontro com o grupo.

    O mini-álbum fractus está disponível em c.d. através do Bandcamp do grupo ou na aplicação da vossa escolha para audição de música.

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    11 mins
  • Cowboy Cantor 328: Noble Dust
    Oct 20 2023

    1. Noble Dust - A Picture for a Frame

    2. Noble Dust - In Fields

    Um trompete, um trombone, um violoncelo, uma guitarra eléctrica, um piano, uma bateria, vozes e canções inspiradas em cartas de um soldado americano em missão no sul do Pacífico, durante a II Guerra Mundial: A Picture for a Frame, o segundo longa duração de Noble Dust. O soldado era o avô da vocalista do grupo.

    Boston, cidade muitas vezes associada a alguns dos nomes mais importantes da música rock, é também uma cidade de onde são originários artistas tão peculiares como os Noble Dust. A voz de Emily Cunningham é o primeiro som que se ouve quando pomos a tocar o álbum A Picture For a Frame. Timidamente outros sons se vão ouvindo, incluíndo um trompete que é tão idílico quanto a voz de Emily.

    Sem nunca serem canções efusivas, são canções com uma dinâmica e um sentido muito próprios. As letras, muitas vezes complexas, densas, não deixam grande margem para melodias muito elaboradas, pelo que a voz torna-se no elemento guia do resto do grupo. E, apesar de se notar uma grande convergência para a melodia vocal, o facto é que todos os instrumentos têm o seu espaço, se fazem ouvir, mas mais do que isso, fazem sentido nestas canções.

    São canções que agradam quem vai ouvir intencionalmente os Noble Dust, ou então é um ouvinte casual.

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    9 mins
  • Cowboy Cantor 327: Mount Saint Elias
    Oct 7 2023

    1. Mount Saint Elias - Goldenrod

    2. Mount Saint Elias - Violets

    Quando ouço um artista pela primeira vez, gosto de tentar adivinhar a sua localização geográfica. No caso dos Mount Saint Elias, antes de ouvir alguma das suas canções, pelo nome até pensei que fossem do Canadá. Duvidei que fossem do Alaska. Quando ouvi a primeira canção, Goldenrod, percebi imediatamente que seriam da Califórnia. Quanto à cidade de origem, enganei-me por uma ponte de diferença, pois na realidade são da cidade de Oakland.

    Outro desafio ao ouvir as canções dos Mount Saint Elias, é conseguir ficar atento às suas canções do início ao fim. São canções que criam ambientes distintos, e se são capazes de nos prender imediatamente aos primeiros segundos, o facto é que ao longo da canção somos capazes de nos dispersar, desprender do que estamos a ouvir mas, mais tarde, o grupo volta a criar momentos de tensão que nos levam a regressar a uma escuta atenta.

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    12 mins
  • Cowboy Cantor 326: Family Stereo
    Sep 30 2023

    1. Family Stereo - Matter

    2. Family Stereo - I don't Need Light

    As canções de Blake Watt são exactamente o que se espera de um trabalho musical com o nome Family Stereo.

    Antes de ouvir alguma das suas canções, imaginei o conteúdo das letras que me esperavam: cuidar de alguém, estar atento, proteger. Enfim, assumir que uma família só pode existir em estereofonia.

    Sendo canções compostas e gravadas por uma pessoa só, em palco são apresentadas com mais músicos, o que leva o próprio compositor a aceitar que se diga que Family Stereo é um grupo e não apenas o nome adoptado por Blake Watt.

    Comparando-se a Marc DeMarco, no que diz respeito ao processo de composição, os arranjos fazem-me lembrar Simon & Garfunkel. Pelo menos no que diz respeito à sobreposição de várias guitarras. As letras e melodias são muito claras. Algo que acontece com as canções da dupla americana que muito marcou a vida dos meus pais, e por consequência a minha vida e das minhas irmãs.

    They say the people make this city, but it's just you and me. Esta frase, da canção I Don't Need Light, ficará para sempre guardada na minha memória. As palavras em sim, e também a forma como inicia a canção.

    Não vou referir de que cidade Blake está a falar, para não condicionar o vosso imaginário ao ouvirem esta e as outras canções.

    Matter, o mini-álbum de Family Stereo, está disponível nas diversas plataformas digitais de música.

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    14 mins
  • Cowboy Cantor 325: MABGATE
    Sep 10 2023

    1. MABGATE com August Charles - Tell It How I See It

    2. MABGATE com Alex Fisher - Inline

    Quando ouvi os MABGATE pela primeira vez, estava a ouvir uma lista de canções de jazz. Surpreendeu-me o início da canção Tell It How I See It, mas rapidamente notei as características da música jazz, apesar da liberdade criativa bem vincada por parte dos músicos dos MABGATE e da voz de August Charles.

    Uma audição mesmo descuidada, facilmente encontra referências de música portuguesa nos MABGATE. Sobretudo nas melodias e ritmos da guitarra.

    Formados em Mabgate, na área de Leeds, com o nome original Mabgate Organ Trio, evoluiram para o som actual, contando com alguns convidados da cena musical local.

    São composições que demonstram contrastes em vários aspectos, mas com pormenores muito cuidados.

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    10 mins
  • Cowboy Cantor 324: Hatis Noit
    Sep 2 2023

    1. Hatis Noit - Aura

    2. Hatis Noit - Thor

    (Ao longo da edição desta semana, referi-me de forma incorrecta à artista em destaque. Considerem o seu segundo nome algo parecido com noitó.)

    A primeira vez que ouvi Hatis Noit, após a última canção do álbum Aura, fiquei, em primeiro lugar, completamente imóvel. Depois de recuperar, retirei os auscultadores - recomendo ouvir o álbum com auscultadores - e tentei adormecer. A adrenalina em grandes quantidades que se espalhou pelo corpo não me deixou adormecer facilmente.

    Estaria assombrado pela voz, pelas melodias, pelas harmonias de Hatis Noit? Estaria apenas a tentar recompor-me do choque, do confronto emocional que foi ouvir Aura?

    A verdade é que, desde Junho de 2022, altura em que saiu o álbum, nunca mais me esqueci desta voz, destas canções, deste universo criado por Hatis Noit. Não serei o único a sentir o mesmo, pois imagino que quem ouve esta artista japonesa, quem ouve a sua voz, jamais a esquecerá.

    O álbum está disponível em versão digital, vinil e c.d, a partir do Bandcamp da cantora.

    Outras alternativas para audição ou compra do álbum, aqui.

    Próximos concertos de Hatis Noit.

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    16 mins