Hoje em dia a criança nasce, tem que fazer chá revelação, video com drone, chá de bebê, ensaio newborn, mesversário... Antes a gente falava que quando nascia um filho, nascia uma mãe. Mas hoje quando nasce um filho, nasce uma produtora de eventos!

Tá todo mundo bem. Menos você.

Antigamente, já não era fácil lidar com a coleguinha da escola que tinha a boneca da moda, o tênis que pisca, a caixa de lápis de cor com 72 cores. Imagine hoje, nessa era digital, em que a gente vê não só a grama do vizinho, mas a grama do mundo todo.

Uma pitada, um punhado, um palmo, dois dedos… Afinal, qual é a melhor unidade de medida para dimensionar a indignação de uma mãe que acabou de perceber que a cabeleireira cortou mais do que deveria?

Eu não sei. E se Ceicinha não quer perder a cliente, é bom procurar saber.

Se você também já pediu só para “tirar dois dedos” e ficou desesperada quando viu aquela ruma de cabelo no chão: bem-vinda. Pegue a sua carteirinha e sinta-se abraçada.

💛 Ah, não esquece que o seu comentário é sempre bem-vindo. Me conta, de zero a dez, quanto que o seu cabelo influencia na sua autoestima?

Eu sei que a gente cria os filhos para o mundo, mas nem sempre é fácil quando a sua filha chega com o mundo em casa e diz: esse aqui é o meu namorado.

A criança Homo sapiens é o único animal que aprende, quase sempre da pior maneira, que o chinelo de dedo possuiu múltiplas funções e que, quando a mãe está com ele na mão e não no pé, é melhor sair correndo.

Hoje, com o avanço da civilização e as custas de gerações traumatizadas, aprendemos que o uso chinelo para fins pedagógicos é um equivoco. Dona Anarina sabe disso. Mas saber nem sempre é poder.

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